Ano de criação | 2019 |
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Dimensões | 100 L × 70 A × 3.5 P cm |
Tipos de arte | pintura |
Estilo | figurativismo |
Gênero | nu artístico |
Materiais | técnica mista, madeira |
Método de embalagem | caixa de madeira |
Nesta obra onírica, José Luis Montes capta a ligação entre o homem e a natureza. Os peiotes representam a nossa relação íntima com a terra e os nossos sonhos de alcançar a felicidade e a harmonia. As gotas de chuva que parecem desintegrar a árvore simbolizam uma cura que cura feridas internas. As cores predominantes, azul e água-marinha, evocam uma sensação de calma e renovação, enquanto os detalhes em preto acrescentam um toque de mistério. Este trabalho não é apenas uma representação visual, mas uma viagem emocional rumo à metamorfose e ao renascimento.
A preocupação com a natureza e com o espaço que habitamos tem sido uma constante a nível pessoal e como tal tem-se refletido em muitos dos meus trabalhos ao longo do tempo. Atualmente estou concentrando meu trabalho nas mulheres; a mulher como símbolo de força e tenacidade e também como guardiã e conhecedora dos ciclos da natureza e estou pintando-a junto com elementos florais e animais que mostram sua convivência com a natureza. Utilizo isto, por um lado, para chamar a atenção para o facto de que há cada vez menos natureza com quem interagir e, por outro lado, como um lembrete de que temos de ouvir o resto dos seres na natureza, porque não somos independentes dele e não podemos nos sustentar fora dele, precisamos entender que somos um e o mesmo e é isso que pretendo transmitir com meu trabalho, que as pessoas parem um pouco para pensar como somos. destruindo o habitat das araras ou como estamos levando nossa alimentação ao absurdo, por exemplo. Gosto também de utilizar elementos do cotidiano para formar e montar a obra como uma alegoria, guiando o observador para o interior da pintura, para que a partir daí ele próprio descubra sua interpretação ou inicie uma conversa com a obra.