Ano de criação | 2023 |
---|---|
Dimensões | 60 L × 80 A × 4 P cm |
Tipos de arte | pintura |
Estilo | expressionismo |
Gênero | pintura de género |
Materiais | alquídico, tela de pintura |
Método de embalagem | tubo |
Série Mulheres da Rua do Fogo de Paraty
Nascida em Campinas, São Paulo. Viveu o término de sua infância em Aracaju no Estado de Sergipe. Dedica-se à encadernação manual de livros artísticos, diagramações e pinturas. Desde cedo se interessou pelo universo das artes com inspirações em sua mãe. Estudou Design e Filosofia, onde obteve senso estético e crítico daquilo que buscou desenvolver, sobretudo, em suas tarefas artísticas. Morando em Paraty/RJ desde 2020, conheceu algumas histórias contadas por seus habitantes e se interessou pela famigerada história oral das mulheres da Rua do Fogo. A estória ou história das mulheres dessa rua é cheia de controvérsias... trata-se das oralidades ditas por guias, anciões e outros intitulados caiçaras. Alguns afirmam que nessa linda rua havia prostíbulos, outros dizem que o Forúm da cidade é que era na verdade o antigo bordel e que há documentos na prefeitura de Paraty que comprovem sua ocupação como bordel em tempos coloniais. A rua do fogo tratava-se de um baixo meretrício, que funcionava durante o período do então famigerado Caminho do ouro. A confluência entre tropeiros e marinheiros “abasteciam” esse “mercado”. “Essa foi a maneira de homenagear e pensar sobre todas as mulheres que tiveram como via de sobrevivência a prostituição... as do passado, que fizeram sua trajetória nas ruas de Paraty, nas ruas do Brasil e nas ruas do mundo. As que ainda estão em becos e vielas e as que ainda virão.. por livre escolha, corrompidas na sua infância ou traficadas.” As pinturas indagam: Quem eram elas?! De onde vieram?! Quais eram seus sonhos?! Quem são os seus filhos?! Há um silêncio e um sonho gritando dentro do peito das meninas que estão no mercado da prostituição. Mas somos insensíveis demais para poder ouvir.